Depressão: Por que atinge mais mulheres?

A psicóloga Cíntia Veiga, esclarece as dúvidas sobre o tema.


As mulheres, assim como os homens, são afetadas pelas doenças mentais. Mas questões relacionadas ao gênero feminino as tornam mais vulneráveis. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cada homem com depressão, duas mulheres sofrem com a doença. Mas por que as mulheres estão mais suscetíveis?

O mês de março, considerado o mês da mulher, entrevistamos a psicóloga Cíntia Veiga, para explicar quais são os principais fatores que podem contribuir para aparecimento da depressão no gênero feminino.

A psicóloga explica que a maior incidência no sexo feminino se deve a uma soma de fatores sociais e também biológicos, que vão de questões hormonais até a dupla jornada de trabalho para conciliar carreira e tarefas domésticas.

As mulheres são mais vulneráveis a sofrerem violência doméstica e sexual e esse também é um fator que tem uma contribuição para o desenvolvimento da doença, uma vez que, situações desse tipo geram sensação de desamparo e o isolamento que, por conseguinte, desencadeiam a depressão. Outras características femininas incluem gravidez ou infertilidade, depressão pós-parto, menopausa, regimes alimentares, alterações hormonais nos ciclos de vida e outros quadros emocionalmente difíceis, isso tudo aliado à pressão dos múltiplos papéis que lhe cabem na sociedade”, explica a psicóloga.

A profissional elenca fatores potencializadores do adoecimento psicológico das mulheres:
1- Questões estruturais da sociedade, como a atribuição das tarefas domesticas, em que se tornar repetitiva e estressante de trabalhar, cuidar da família e da casa;
2 – Ausência de momentos de lazer e descanso;
3 – Dificuldades econômicas, como acomodação financeira da família ou esposo;
4 – Necessidade de qualidade de vida;
5 – Submissão ao parceiro.

Vale destacar que muitos quadros de distúrbios psicológicos podem se agravar sem um tratamento adequado. Isso porque quanto mais cedo se busca um auxílio, mais fácil se resolverá o problema. A especialista alerta quando é o momento de procurar ajuda.

“Em momentos difíceis ou frente a alguns problemas que parecem de difícil soluções, se você percebe que sente emoções com muita intensidade, passou por situações traumáticas, problemas no relacionamento, momentos que antes era interessante e perdeu a graça, ideias fixas ou uma vontade que não passa e também sintomas físicos”, diz Cíntia Veiga.

Ainda de acordo com ela, a mulher tem mais facilidade de pedir ajuda pois os homens são mais acostumados a negar os sintomas desde criança, fazendo com que seja mais difícil o conhecimento da doença para o sexo masculino e as mulheres têm, em geral, mais facilidade em buscar ajuda profissional, inclusive para a saúde mental.

A alguns fatores de proteção para saúde mental das mulheres que são eles: Cuidar da autoestima; Buscar a realização pessoal e profissional; Guardar um tempo da rotina para o lazer; Pensar de maneira positiva; Realizar atividade física; Afastar-se de relacionamentos tóxicos e abusivos.

Cuide da sua saúde mental e das suas relações. É possível recorrer a diferentes formas de terapia, de acordo com a realidade e necessidade de cada indivíduo.

Cíntia Veiga, é psicóloga formada pela Facid- Devry desde de 2018, especialista em saúde da família e pública, e atendimento com adolescentes, adultos e idosos.

—-

Agende uma consulta pelo telefone: (89) 9 8140-5008 na Clínica Mais Saúde

Para mais informações, acesse o perfil oficial no instagram: @maissaude_srn

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo