Coronel da PM desabafa e diz ser frustrante trabalhar e ver presos em flagrante soltos

O subcomandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, lamentou a rápida soltura de pessoas que são presas em flagrante ou em cumprimento de mandado de prisão. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (02), Castilho disse que a “PM fica de mãos atadas” e que é frustrante para o policial ver o seu serviço, praticamente, ser desconsiderado pela justiça, que determina a soltura dos presos.

Castilho citou, em exemplo, o recente trabalho de uma equipe que estava em serviço das 22h às 5h do outro dia, e a pessoa presa por ela foi solta antes mesmo do final do expediente da guarnição.

“A guarnição passa o dia trabalhando, faz a prisão em flagrante com a pessoa armada e, às vezes, o marginal sai antes mesmo da guarnição. O policial fica frustrado. Ele agir e não poder vê o resultado do trabalho dele porque o trabalho da polícia está sendo feito. A PM faz a abordagem e prendem. Ali se encerra o trabalho da PM. No momento em que apresentam os presos, a PM sai de cena. Nós temos feito isso de maneira insistente”, disse o coronel.

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Durante a entrevista, Castilho destacou que as quatro pessoas presas em flagrante ontem (01), suspeitas de assaltar e atirar em uma atendente de uma loja na zona Sul de Teresina, possuem passagem pela polícia.

“Todos eles tinham passagem pela polícia, inclusive um deles usava tornozeleira eletrônica e estava sendo monitorado”, disse o policial, acrescentando que, na maior parte das vezes, as pessoas que praticam crimes no Piauí são reincidentes. “Eles foram presos pelo menos uma vez pela PM. Todos são presos de forma costumeira. Fica até ruim porque as pessoas duvidam da eficiência do policial”.

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