Comida Maria Isabel torna-se patrimônio histórico cultural do Piauí

O prato regional leva em seu preparo arroz, legumes e carne seca, e é bastante conhecido nos lares dos piauienses.

A famosa comida popular “Maria Isabel” foi sancionada pelo governador Rafael Fonteles como patrimônio histórico cultural do Piauí. A decisão consta no Diário Oficial do Estado da terça-feira (9) e se enquadra nos termos da lei 4.515, de 9 de novembro de 1992.

Segundo o autor da lei, deputado Francisco Limma (PT), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), tem dado o título de patrimônio cultural para diversas expressões culturais e tradições que preservam o respeito da sua ancestralidade, onde ele considera que o prato agrada o paladar dos piauienses que preparam a comida a centenas de anos.

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O prato regional leva em seu preparo arroz, legumes e carne seca, e é bastante conhecido nos lares dos piauienses. O autor da matéria cita, por exemplo, o escritor Enéas Barros ao falar da origem do alimento tão popular no estado.

De acordo com o escritor, no início do século 19, um rico e poderoso fazendeiro, comerciante e dono de escravos, Simplício Dias da Silva, obteve como herança de seus pais uma propriedade rural produtora de charque, na então Vila de São João da Parnaíba.

Outra versão da origem do prato era a de que teria surgido quando mulheres resolveram cortar a carne em pedaços e misturar no arroz para que elas também pudessem comer da proteína, já que, na época, os homens se serviam primeiro e comiam toda a carne. Além dessa, há a versão de que o prato tenha sido criado entre famílias pobres do sertão do Piauí para inserir na alimentação a cerne seca, que era quase que exclusivamente utilizada por tropeiros, homens que viajavam longas distâncias levando alimentos e produtos.

Com edição de Nathalia Amaral.

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