Ciro segue influente em Brasília e é chamado de ‘presidente administrativo’ do País

Mesmo com discurso de oposição, senador consegue ampliar áreas de influência e segue dando as cartas em Brasília.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou neste domingo (21) reportagem em que detalha a influência política mantida pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas) mesmo com o discurso de oposição ao governo Lula (PT). A reportagem afirma que Ciro reinventou o Centrão na gestão Lula 3, fazendo com que o bloco tenha tentáculos no governo, mas não seja da situação, o que garante a possibilidade de pedir mais cargos e verbas sempre que o presidente quiser aprovar algo no Congresso Nacional.

A reportagem também fala que Ciro é um dos grandes articuladores da sucessão para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, no próximo ano. O senador piauiense, diz o Estadão, também passou a ter forte influência no governo de São Paulo, compondo a cúpula de articulação política na gestão do governador Tarcísio Freitas (Republicanos), que ele trabalha para filiar ao Progressistas.

“Equilibrando-se nesses campos, Ciro tem sido chamado nos bastidores de ‘presidente administrativo’ do País”, diz a reportagem.

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Lula puxou Ciro pelo pescoço e deu um abraço (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A publicação do Estadão também fala sobre as tentativas do presidente Lula de se aproximar de Ciro. O jornal cita que em setembro de 2023 Ciro recebeu recado de emissários do Palácio do Planalto. Lula queria falar com ele com a intenção de levar o Progressistas para o governo.

Ciro Nogueira, que foi ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, recusou o convite e até brincou com interlocutores. “Em três minutos de conversa com o Lula você se apaixona. Ele é irresistível.”

Porém, no dia 20 de dezembro eles se encontraram. Lula foi ao plenário da Câmara para a promulgação da reforma tributária. Em meio ao empurra-empurra, o petista enxergou Ciro no meio da muvuca, parou e o puxou pelo pescoço para um abraço. Sorriram como velhos amigos, para surpresa de aliados que estavam ao redor e viram a cena.

Ao Estadão, Ciro disse: “O Lula gosta de mim, não é uma coisa política, e eu confio nele. Uma pessoa para não gostar do Lula é difícil. Ele é cativante, mas não posso trair o presidente Bolsonaro”.

POR GUSTAVO ALMEIDA – LUPA 1

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