Carnavalesco que homenageou a Serra da Capivara receberá título de cidadão piauiense

O carnavalesco Mílton Cunha, natural do Estado do Pará, será homenageado com o título de cidadão piauiense. A proposta é da deputada Flora Izabel (PT) foi apresentada na Assembleia legislativa. Mílton Cunha deu visibilidade na Marquês de Sapucaí, no carnaval do Rio de Janeiro, a história da Serra da Capivara no Desfile da Escola de Samba Beija – Flor de Nilópolis, em 1996. Novamente no carnaval carioca de 2018, o Piauí voltou ao cenário nacional. Dessa vez com a atriz Safira Bengell, com Elimar Santos, Sabrino Sato e Kátia Furacão, que formaram a corte Glam Gay e abriu o carnaval carioca da época.

Na justificativa a deputada Flora Izabel afirma que “ o carnavalesco que faz jus a homenagem por ter exaltado o nome do Estado do Piauí no âmbito nacional”. Em 1995, Mílton Cunha visitou o Estado para fazer pesquisas e, no carnaval de 1996, com a Beija -Flor de Nilópolis levou para a Marquês de Sapucaí a Pré- História Brasileira, a Serra da Capivara. Foi mostrado naquele carnaval a vegetação, os dinossauros que viviam a milhões de anos, juntamente com os tigres dentes, ursos e preguiças de porte gigantescos. Museu de Paris – O carnavalesco mostrou naquele carnaval alegorias com fóssil da mulher da Serra da Capivara. Também foi mostrado um esqueleto feminino descoberto pela equipe da arqueóloga Niéde Guidon, no Parque Nacional da Serra da Capivara que foi datado e analisado em museus de Paris.

O trabalho do carnavalesco foi enfático na defesa do material arqueológico recolhido pelos cientistas na Serra da Capivara, e colocou por terra as teorias norte-americanas sobre o povoamento das Américas, já que se acreditava que o homem teria chegado ao continente há 25 mil anos atravessar toda a Sibéria e cruzar o Estreito de Behring, Alaska, durante a última glaciação.

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Mílton Cunha é pós – doutorando em Narrativas Culturais, Doutor em Semiologia do Carnaval pela Ciência da Literatura, Letras, Especialista em Figurino e indumentário pela Universidade Estácio de Sá e Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal do Pará.

Ator e diretor no Sindicato de Artistas e Técnicos do Rio de Janeiro, diretor artístico da cidade do Samba, no Rio de Janeiro e comentarista de cultura e carnaval na Rede Globo de Televisão. Também foi carnavalesco da Beija-Flor de Nilópolis, União da Ilha, Unidos da Tijuca, São Clemente, Porto da Pedra, Unidos do Viradouro.

Emerson Brandão – Edição: Katya D’Angelles

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