Carlos Anchieta pede demissão da Secretaria de Cultura do Piauí

O então secretário de cultura do Piauí (Secult), Carlos Anchieta, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (5). A informação foi divulgada por meio de nota nas redes sociais.

Na nota, Carlos Anchieta declarou que renunciou ao cargo para “garantir a transparência” das investigações da Polícia Federal na Operação Front Stage, que apura desvios de recursos na secretaria.

“Para que não paire nenhuma dúvida sobre a autonomia das apurações em voga, estou renunciando ao cargo de secretário de estado da Cultura. Assim, espero colaborar, de maneira irrestrita e incondicional, para que tudo seja devidamente esclarecido”, diz a nota

A decisão ainda deve ser publicada no Diário Oficial do Piauí. Até o momento, o nome da pessoa que vai substituir Carlos Anchieta não foi divulgado.

Confira a nota na íntegra:

Informo que, para garantir a transparência, a lisura, a fluência e a independência das investigações que citam meu nome, durante período em que eu estava como gestor da Secretaria de Cultura do Piauí, e para que não paire nenhuma dúvida sobre a autonomia das apurações em voga, estou renunciando ao cargo de secretário de estado da Cultura. Assim, espero colaborar, de maneira irrestrita e incondicional, para que tudo seja devidamente esclarecido.

Operação Front Stage

A Polícia Federal com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou no dia 29 de agosto a Operação Front Stage, que teve o objetivo de combater crimes contra Administração Pública e crimes de lavagem de dinheiro, resultantes de favorecimento, por parte de agentes públicos, a pessoas jurídicas agraciadas em editais culturais, promovidos em 2020 pela Secretaria de Cultura do Estado do Piauí (Secult), e custeados com recursos da Lei Aldir Blanc.

Durante a ação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Floriano, na região Sul do Piauí. De acordo com a PF, as investigações iniciaram a partir da identificação de vínculos e transações financeiras entre as pessoas jurídicas supostamente favorecidas e agentes públicos da Secult.

No total, as pessoas jurídicas investigadas receberam R$ 1,67 milhão em premiações custeadas com recursos da Lei Aldir Blanc.

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