Candidatura de Lula pode definir estratégia política do PP de Ciro Nogueira

O ex-presidente Lula (PT) tem mostrado flexibilidade em compor palanques diversificados na caravana que realiza pelo Nordeste desde o dia 17 de agosto. Mas esse não é a único fator que demonstra sua influência. O impasse sobre a sua candidatura em 2018 também está comprometendo a condução das estratégias para as eleições do próximo ano e A organização de partidos que planejam se coligar com ele. No Nordeste, PMDB e PP já sinalizam esse desejo. Eles desejam pegar carona na popularidade de Lula.

A possibilidade do líder petista disputar a corrida presidencial ainda é uma incógnita, em razão da sua condição de réu em seis processos que correm na Justiça.

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No Piauí, isso pode definir os arranjos políticos do PP. Atualmente aliado do governador Wellington Dias (PT), o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, admitiu em entrevista à Folha de S. Paulo que pode apoiar Lula caso ele seja de fato candidato em 2018.

“No Piauí, a chance de apoiarmos ele é muito grande. Se ele não for candidato, devemos nos alinhar ao PSDB”, afirmou. As alternativas são, assim, opostas. É histórica a disputa entre PT e PSDB.

Apesar disso, a nível nacional, ele continua fazendo parte do governo Temer e pretende manter aliança com o trio PSDB-PMDB-DEM na corrida presidencial.

DEFENDE COALIZÃO
Mesmo oficialmente fora da política desde 2011, quando Dilma Rousseff (PT) assumiu a presidência, Lula continua tendo uma grande influência dentro do cenário político nacional. Isso fica evidente com a caravana que ele faz pelo Nordeste, como também ficam claras as contradições que só se explicam pela velha política.

Por onde passou, Lula foi prestigiado por diferentes siglas partidárias – destaque para o PMDB de Michel Temer, que no Piauí tem boa parte de seus quadros em sintonia com o governador Wellington Dias (PT), a exemplo do deputado federal Marcelo Castro (PMDB) que dividiu o palanque com Lula, repetindo o que outro peemedebista fez quando a caravana passou por Alagoas; no caso, o senador Renan Calheiros.

O presidencialismo de coalizão já se mostrou pernicioso – como mostra a história recente com o impeachment de Dilma –, mas ele continua a ser a alternativa daqueles que aspiram um cargo no Executivo. As alianças com os mesmos nomes de sempre tornam cada vez mais distante a possibilidade de renovação na política nacional.

Lula e Wellington Dias em Altos, no domingo (3) (Foto: Ricardo Stuckert)

Com informações da Folha de S. Paulo

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