A experiência para quem será mãe pela primeira vez é cheia de dúvidas e surpresas, por isso, mamães de primeira viagem de Teresina criaram um grupo de WhatsApp para compartilhar suas descobertas.
Por mensagens elas costumam contar uma para outras que tipos de produtos os seus bebês aprovaram ou não. Foi assim que biomédica Larissa Sousa, mãe da Sofia de seis meses, contou para as amigas que havia descoberto uma boia de pescoço para bebês.
“Meu tempo livre é para eu procurar brinquedos diferentes, produtos interessantes para que minha filha possa usar. Até que encontrei em um site estrangeiro falando sobre a boia de pescoço e que ela era indicada para estimular os bebês. Experimentei, minha filha amou e eu passei a ideia para as outras mães”, contou.
Como inicialmente o produto não era vendido no Brasil, as mães pediram em um site estrangeiro e quando o pedido chegou resolveram então se unirem para fazer uma sessão de hidroterapia para os bebês utilizando as boias.
A Darlene Carvalho, mãe da Giovana de cinco meses, conta que após as sessões procurou observar que mudanças isso faria na rotina diária da sua filha. Segundo ela, os benefícios vão bem mais além do que apenas um exercício.
“Eles se sentem livres e acredito que relembrem de um espaço que para eles é muito seguro, que é o útero. É um exercício de estímulo e quando a gente os coloca na piscina eles se sentem em casa”, contou.
Apesar de o grupo ser de mães, pais e até avôs acompanham as sessões com as boias de pescoço. O aposentado Francisco das Chagas é avô da Giovanna e sempre acompanha as sessões. Para ele, a boia trouxe uma independência para a neta.
“Quando minha filha falou a primeira vez sobre a boia eu achei muito estranho e quis acompanhar. Hoje eu posso dizer que nunca vi minha neta tão à vontade quanto quando ela está na piscina. Ela fica muito alegre”, explicou.
Quem acompanha as mães é a fisioterapeuta especialista em pediatria e neonatologia, Aryadne Paixão. Segundo ela, com os benefícios dessa prática, o bebê tem um sono mais tranquilo, melhora do apetite, fortalecimento do tônus muscular e afetivo entre os pais e o bebê.
“Há artigos que relatam que atividades aquáticas com bebês tem um efeito nitidamente favorável sobre o desenvolvimento motor, sociabilidade e a confiança. Qualquer movimento, por menor que seja, é percebido, se torna consciente e promove um maior fortalecimento muscular.”, explicou.
Ainda de acordo com a fisioterapeuta, alguns cuidados devem ser tomados quando se trabalha com bebê em meio aquático. “Tem que observar a temperatura correta da água, já que o bebê perde calor rapidamente. A piscina deve ser sempre higienizada e o horário da prática não deve coincidir com horários de sono ou alimentação do bebê”, disse.
Hoje o grupo é composto por 42 mães e segundo a corretora de seguros, mãe do Rafael de sete meses, o grupo não é apenas de mães, mas de amigas.
“Chegamos a um momento em que apesar do nosso assunto principal ser os filhos, falávamos sobre outras coisas também. Ficamos íntimas a tal ponto que deixamos de ser um grupo e nos tornamos uma família. Participamos da vida uma da outra”, finalizou.