Bares e restaurantes levarão pelo menos 1 ano para se recuperarem

No melhor cenário econômico, os bares e restaurantes no Piauí deverão começar a ter “fôlego” nas dívidas daqui a seis meses com previsão de lucros para o ano de 2022, após 12 meses de readaptação de mercado, conta a diretora executiva da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) no Piauí, Natália Macário.

“Se o empresário, hoje, conseguir faturar 70% do que ele faturava antes da pandemia, ele já está bem no mercado. Hoje a margem de faturamento está 52%. Nós teremos pelo menos uns seis meses para começar realmente a pensar em lucro. Muitas empresas para se manter no mercado precisaram pedir empréstimos, pediram empréstimos para não fechar e outras também pediram empréstimos para reabrir. É um ano para começar a se recuperar e ter um lucro mais consistente”, conta.

No Piauí, os bares e restaurantes ficaram fechados por pelo menos seis meses, de março a setembro, devido a pandemia do novo coronavírus para evitar a aglomeração de pessoas. Antes da pandemia, alguns estabelecimentos chegavam a faturar mais de 100% do planejado. Pelo menos 30% dos bares e restaurantes encerram os serviços desde o início da pandemia.

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Na época em que as portas estavam fechadas, muitas empresas recorreram ao delivery para, de alguma forma, “sobreviver” financeiramente. Atualmente, mesmo com a reabertura, a Abrasel Piauí estima que 70% das empresas estão no prejuízo, tentando se adaptar ao mercado.

Macário destaca que muitas empresas precisaram pedir empréstimos para se adaptar às novas regras de distanciamento social, como adaptar o cardápio em meio digital (e até mesmo nos produtos e formas de servir) e disponibilizar álcool em gel.

Nos primeiros meses de pandemia, a diretora conta que muitos estabelecimentos chegaram a demitir 50% dos funcionários. Além de precisar dispensar mão-de-obra, insumos estragaram e as contas de alugueis, energia e água foram de difíceis negociações.

Com quase três meses de reabertura das atividades, o momento agora ainda é de “começar do zero” para muitos empresários, comenta. As empresas voltaram, mesmo que de maneira tímida, a recontratar pessoas, o público começou a aparecer com maior frequência. No entanto, por outro lado, os insumos estão mais caros e, também por conta isso, os cardápios foram adaptados. Sem falar que devido o distanciamento das mesas há limitação na capacidade de atendimento, além da restrinção de horários.

Bares

Natália Macário ao acompanhar o fechamento das empresas e as dificuldades durante essa pandemia afirma que o setor mais prejudicado, nesse ramo, foram os bares.   “O bar é um lugar de socialização. As pessoas vão para se socializar. Para comprar bebidas, elas vão a um supermercado. Esse foi o setor mais prejudicado”.

Macário conta que outros estados estão com maior flexibilização nos horários de funcionamento. Por isso, muitos moradores de Teresina estão preferindo viajar para lugares turísticos, com maior flexibilização, a ficar em Teresina. “Sentimos isso principalmente durante os feriadões prolongados”.

A diretora acredita que o retorno dos eventos em Teresina irá ampliar o atendimento na cidade.

Com a chegada das festas de fim de ano, a gestora também está positiva com as confraternizações e encomendas nos serviços de alimentação, respeitando os protocolos de segurança contra a covid-19.

 

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