Atraso na fala das crianças pode ser motivo de alerta

Especialista revela os sinais de que a criança não está desenvolvendo a fala como deveria e aponta possíveis problemas por trás disso.


Desde o nascimento à primeira amamentação, o bebê já a começa a desenvolver a região da boca. Essa evolução, aos poucos permitirá que a criança possa emitir os primeiros sons e, depois, copie os dos adultos. É o que explica a fonoaudióloga Deborah Dias.

Fonoaudióloga Deborah Dias

Segundo a especialista, os familiares devem monitorar esse desenvolvimento da fala das crianças, e a caderneta da criança distribuída pelo Ministério da Saúde, onde é feita as anotações das vacinas, é um instrumento acessível e muito importante, pois lá tem todos os marcos esperados por cada faixa etária.

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Ela esclarece que a partir dos 6 meses o bebê já começa a balbuciar, com 1 ano já é esperado as primeiras palavrinhas, por exemplo; mama, papa, ba, aos 2 anos começar a surgir as primeiras frases:

Não é recomendado que “esperem pelo tempo da criança” ou “mais o pai dele também demorou a falar”. Esse tempo em que os pais “esperam” o surgimento da fala, pode apenas agravar o caso,” pontua Deborah Dias.

A fonoaudióloga afirma também que estilo de vida das famílias e uso excessivo de “telinhas” podem também contribuir para que as crianças demorem mais para se comunicar:

“Estamos vivendo em um momento muito delicado onde as crianças precisaram ficar mais em casa, isoladas, sem acesso à socialização, e consequentemente um uso abusivo às telas (tablet, TV, celulares) e isso está causando atrasos na fala. Além também dos transtornos do neurodesenvolvimento, como por exemplo, o Autismo, deficiência auditiva, deficiência intelectual, transtornos do desenvolvimento da linguagem, apraxia, dentre outras causas que também podem causar atraso no desenvolvimento da fala”, disse.

A especialista elenca que para a criança desenvolver suas habilidades com a fala, é preciso estimulá-la, e o jeito mais natural de fazer isso é conversar com o bebê:

“Existem orientações mais pontuais que precisamos fazer de forma mais individual, mas eu sempre costumo falar aos pais que me procuram que durante a rotina diária deles surgem várias oportunidades de estimulação da fala. Durante o café da manhã, por exemplo, podem narrar para a criança o que irão comer, pedir para que ele nomeie os alimentos da mesa, falar das características dos alimentos. Ouça e converse com a criança, narre às brincadeiras, leia livros juntos, insira essa criança nas atividades do dia a dia,” afirma Deborah.

Portanto, como em outras condições, o diagnóstico precoce e o tratamento planejado e direcionado certamente ajuda a criança a progredir nas suas habilidades de fala e comunicação. Na dúvida, a recomendação é sempre procurar um fonoaudiólogo com experiência na área de linguagem infantil para uma avaliação. O ato de “o esperar pela fala” pode significar uma perda de tempo precioso de intervenção.

Deborah Dias é fonoaudióloga formada pela UNINOVAFAPI desde 2013, especialista em Linguagem, atua em avaliação e terapia para crianças com foco na fala e linguagem, teste da linguinha e transtornos de aprendizagem.

Contato:  (89) 98109-8902

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