O anúncio de fechamento do Parque Nacional Serra da Capivara feito nesta terça-feira (16), pela arqueóloga Niède Guidón, repercutiu na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O deputado estadual Luciano Nunes, por exemplo, pediu apoio da bancada federal do Piauí para a garantia de recursos para pagamento das despesas do Parque, que é um patrimônio da humanidade.
“Segundo foi noticiado pela diretora da FUMDHAM, a arqueóloga Niéde Guindón, todos os 30 funcionários que restaram, dos 270 que trabalhavam no local, deverão deixar seus postos e, a partir desta quinta-feira, o parque não abrirá mais para o público. Essa situação é muito delicada e não podemos deixar que isso aconteça, pois o local é uma fonte riquíssima da história da humanidade, além de ser uma fonte de estudo para pesquisadores do mundo inteiro e um importante ponto turístico do nosso Estado. Portanto, não podemos deixar que os serviços no Parque sejam paralisados”, disse Luciano Nunes.
O parlamentar destacou também que o Governo Federal confirmou o bloqueio por decisão do Tribunal de Contas da União de R$ 900 mil que seriam liberados para o Parque. “Este fechamento do Parque é uma tragédia para o nosso Estado, por isso estamos mantendo contatos com nossos parlamentares federais para que possamos reverter essa situação”, acrescentou ele.
Já o deputado Robert Rios disse que, embora seja um entusiasta do Parque Nacional da Serra da Capivara, defende a realização de uma auditoria para saber o total de recursos destinados ao seu funcionamento desde que foi aberto em São Raimundo Nonato. Ele anunciou que pedirá informações ao Governo do Estado sobre os recursos que já foram liberados.
“Há muito tempo ouço falar que senadores e deputados federais do nosso Estado, como os deputados Paes Landim (PTB) e Marcelo Castro (PMDB), vêm destinando recursos para o parque, mas a arqueóloga Niéde Guidon (diretora da Fundação Museu do Homem Americano) sempre fala em fechamento do parque por falta de verbas. Temos, portanto, que saber quanto já foi investido naquele parque”, acrescentou ele.
Em contato com o Cidadeverde.com, Niède afirmou que todos os 30 funcionários que restaram dos 270 que trabalhavam no local deverão deixar seus postos hoje.
Niède garantiu ainda que caso a situação não seja resolvida nos próximos dias, ela comunicará a UNESCO a sua saída do parque, que é atualmente Patrimônio da Humanidade.
Cidade Verde