Agespisa mobilizou todos os seus técnicos e equipamentos dos setores de obras e operação para atuar em caráter emergencial com o objetivo de substituir cerca de 300 metros de tubo na Adutora do Garrincho, para corrigir um grande vazamento que deixou sem água a cidade de São Raimundo Nonato, 524 km ao Sudeste de Teresina e mais seis cidades na região. A previsão é de que, até segunda-feira, o problema esteja sanado.
O trecho que vem apresentando vazamentos constantemente corresponde a 17 quilômetros e fica entre a Estação de Tratamento de Água e a zona urbana da cidade. Trata-se de uma obra construída por outro ente público e repassada para a Agespisa. O material utilizado é de qualidade inconsistente e vive apresentando defeitos.
A Adutora do Garrincho tem uma extensão de 39 km. O bombeamento é feito do Açude Petrônio Portella, onde a água é captada, até a Estação de Tratamento de Água. Até aí são 22 km. Daí para São Raimundo Nonato são mais 17 km.
O primeiro trecho não apresenta problema porque foi todo refeito pela Agespisa, cerca de seis anos atrás, a um custo aproximado de R$ 11 milhões. Já este segundo trecho, que é o do material antigo e inconsistente, vive dando dor de cabeça para os técnicos da companhia de saneamento.
“A gente corrige um vazamento aqui e aparece outro ali na frente. Isso ocorre com muita freqüência. A solução definitiva é uma adutora nova de 17 km. Só que uma obra dessas não sai por menos de 15 milhões de reais e a Agespisa, no momento, não dispõe desse recurso. Por isso, o jeito é ir paliando”, explica o diretor de Operações da Agespisa, engenheiro José Maria Freitas.
Ele alerta que, mesmo fazendo esse serviço agora, a Agespisa vai continuar, paralelamente, corrigindo os novos vazamentos que, certamente, vão aparecer devido à qualidade do material.
“É um serviço bem complicado porque é uma rede de 400 mm em ferro; mas a nossa equipe está toda mobilizada. Mandamos pessoal e equipamentos de Teresina para reforçar a equipe local. Vamos fazer o possível para diminuir o sofrimento dos consumidores daquela importante cidade”, concluiu o diretor da Agespisa.
Além de São Raimundo Nonato o problema atinge os moradores dos municípios de Dirceu Arcoverde, São Lourenço, Bonfim do Piauí, Várzea Branca, São Brás do Piauí e do povoado Minador, no município de Anísio de Abreu.