Petistas cobram fidelidade de prefeitos e MDB prega “tolerância”

Após o presidente eleito do Partido dos Trabalhadores, Fábio Novo (PT), defender a expulsão de prefeitos que votarem no senador Ciro Nogueira (PP) para a reeleição em 2026, representantes da sigla e do MDB se pronunciaram na manhã desta segunda-feira (14) e defenderam a adoção de estratégias divergentes. Enquanto os petistas pregam o rigor na punição, políticos do MDB defendem a tolerância com os gestores.

A polêmica ocorre em função do segundo voto para o Senado, já que alguns prefeitos votam em um nome aliado a Rafael Fonteles como primeira opção, sendo Marcelo Castro ou Júlio César, e no oposicionista Ciro Nogueira no segundo voto.

Questionado, o deputado Merlong Solano (PT) defendeu a fidelidade partidária:

“O senador Ciro Nogueira escolheu o caminho dele. Parece que não tem volta. O caminho dos super-ricos. E pior, o caminho do golpismo. Que ele continue a sua fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, chegando ao ponto de apoiar este ataque grosseiro e frontal que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está fazendo ao Brasil, de maneira unilateral, aumentando a tarifa dos produtos que a gente exporta 50% mais 10% o que pode comprometer o emprego de muitos brasileiros e brasileiras. Então, é natural que o PT cobre dos seus prefeitos atenção a isso e fidelidade partidária”, afirmou.

Já Marcelo Castro (MDB) discordou de Merlong e defendeu a tolerância:

“O MDB tem tradição de democracia interna e respeito às divergências. No segundo governo Lula, o partido o apoiava, mas havia membros como o senador Mão Santa que o criticavam publicamente. Ele não foi expulso, saiu por iniciativa própria ao perceber incompatibilidade com o partido. Esperamos que os membros sigam a orientação do MDB, mas não impomos isso. Buscamos o convencimento pelo diálogo, pois o MDB é historicamente um partido tolerante”, concluiu.

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