Tendo em vista que a tuberculose é um problema de saúde pública, o Estado do Piauí está envolvido em ações para otimizar a redução da incidência em mortalidade de tuberculose. No entanto, supervisora de Tuberculose, Ivone Venâncio, comenta que um dos principais problemas é o abandono do tratamento pelo paciente, que gera resistência ao medicamento. “Após a melhora clínica, os indivíduos acreditam erroneamente que já estão curados, mas o tratamento completo são de seis meses, o que pode ser muito perigoso”, explica Ivone.
Tuberculose
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que se propaga pelo ar por meio de gotículas expelidas por um doente ao tossir, espirrar ou mesmo ao falar em voz alta. É uma doença curável em praticamente 100% dos casos novos, sensíveis aos medicamentos anti-TB, desde que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa de, no mínimo, 6 meses e a adequada operacionalização do tratamento, cujo esquema básico para caso novo e retratamento da tuberculose em adultos e adolescentes.
O Programa Nacional de Controle da Tuberculose possui como objetivo eliminar a doença como problema de saúde pública até 2035 e como meta reduzir a incidência em menos de 10 casos e menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde recomendam que os municípios trabalhem ações para fortalecer a atenção às pessoas com tuberculose com desenvolvimento de cuidados centrados no paciente, ações de vigilância, implantação do diagnóstico e tratamento da infecção latente, tratamento diretamente observado, aumentar a detecção dos casos, garantir o seguimento do paciente até a conclusão do tratamento, ofertar e realizar o teste HIV, realizar a cultura universal para todos os casos, além de, melhorar a utilização dos sistemas de informação para vigilância epidemiológica, realizando a notificação de casos no sistema.
O Programa Estadual de Controle da Tuberculose está implantado em todos os municípios do estado.
“Há uma redução nos casos de tuberculose, porém, os municípios ainda precisam reforçar a busca ativa e ainda há subnotificação dos casos. Nesse contexto, o Estado vai realizar um Fórum de Tuberculose e Hanseníase, nos dias 25 e 26 de abril, para trabalhar a busca ativa dessas doenças e reforçamos esse trabalho de busca precoce dos casos”, diz a supervisora.