Ministério do Desenvolvimento Agrário deve investigar denúncia

Os técnicos e pesquisadores que trabalham para o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e Social (CADES), uma instituição privada contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para dar assistência técnica e extensão rural para os pequenos proprietários da área do território Serra da Capivara, na microrregião de São Raimundo Nonato (525 km de Teresina), denunciam que estão sem receber seus pagamentos desde o final do ano passado.

Os profissionais foram contratados para realizar o cadastro e levantamento dos moradores da zona rural dos municípios de Anísio de Abreu, Caracol, Jurema, Guaribas, São Braz e Várzea Branca. No total foram contratados 10 técnicos pela CADES, quando o ideal seriam, pelo menos, 12 profissionais. Dessa forma, cada município seria atendido por dois técnicos.

Segundo o relato dos profissionais que estavam trabalhando para o CADES na região de São Raimundo Nonato, foram realizados o cadastro de cerca 900 famílias, todas com coordenadas de GPS e o preenchimento de diversos formulários que permitem estabelecer o diagnóstico de cada família entrevistada pelos técnicos.

Os profissionais chegaram, inclusive, a realizar uma grande reunião com grande parte das famílias cadastradas na região de São Raimundo Nonato concentrando mais de 80 lideranças dessas famílias para passar informações sobre o projeto e, mesmo assim, o CADES, não teve a mínima consideração com os profissionais contratados e com as famílias beneficiadas pelo projeto.

Os técnicos e pesquisadores se mostram revoltados com tamanho descaso por parte do CADES, já que todas as metas foram cumpridas e seus salários não foram honrados. “Não sabemos se foi falta de planejamento do CADES, o problema é que tem meses que eles só prometem e não fazem o nosso pagamento e isso tem criado um drama social na região já que os profissionais estão sem recursos até para se manter”, disse um dos profissionais contratados pelo CADES e que pediu pra não ser identificado com medo de represálias.


Por André Pessoa - redacao@saoraimundo.com