Um mês após morte de vigilante, empresa contratada pelo ICMbio não prestou assistência a família

Familiares de Edilson Aparecido precisaram fazer empréstimo para pagar o funeral.

O assassinato do vigilante Edilson, por caçadores dentro do Parque Nacional da Serra da Capivara, completou 30 dias e o descaso da empresa que o empregava chama a atenção. Sua esposa e dois filhos gêmeos de 5 anos de idade nunca receberam qualquer assistência da empresa THOR.

Edilson Pereira dos Santos.

Edilson trabalhava no Parque para a empresa THOR Prestadora de Serviços e Segurança que venceu licitação do ICMBIO para serviços de interesse do órgão federal na região de São Raimundo Nonato.

continua depois da publicidade

-“Tivemos que pedir dinheiro emprestado para o enterro. E para outras contas. O salário dele já estava atrasado. Nunca veio ninguém dessa empresa falar com a gente. Nós mesmos fomos ao INSS para tentar o pedido de pensão e lá agendaram para esse mês de setembro”, diz Fabiana Torres dos Santos, esposa de Edilson que não tem atividade remunerada e conta agora com apoio de parentes e amigos.

Matéria relacionada: Confronto entre vigilantes e caçadores termina em tragédia na Serra da Capivara

O caso violento foi destaque em veículos de comunicação regional e nacional inclusive com denúncias sobre a falta de condições de segurança para os trabalhadores em serviço na área de proteção ambiental. O vigilante Edilson Pereira era muito conhecido na região do Parque da Serra da Capivara, pois, segundo a família, prestou serviço por quase quinze anos na manutenção da área ambiental de responsabilidade do IBAMA e ICMBIO.

A família de Edilson informou que contratou um advogado para defender seus direitos. A reportagem não localizou representante da empresa na cidade ou meio de contato com os mesmos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo