Chefe da APPM é acusado de tomar dinheiro de bloco de carnaval por não ser elogiado

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O município de São João do Piauí (cidade situada a 486 quilômetros de Teresina) teve o carnaval marcado pela censura. A queixa é dos organizadores do Bloco Tartarugas, que acusa o prefeito, médico Gil Carlos, presidente da Associação Piauiense de Prefeitos Municipais (APPM), de ter pedido de volta a ajuda de custo (R$ 1.000,00) que deu ao bloco, depois que soube da letra da música, que versava sobre a corrupção.

O assunto virou tema de debate nas redes sociais, “o Bloco Os Tartarugas teve que devolver para a prefeitura um valor em dinheiro, porque o gestor não concordou com a letra do enredo, que falava sobre a corrupção e ausência do prefeito, que depois de eleito a presidente da APPM tomou doriu da cidade, ou seja, sumiu, escafedeu-se. É coisa que vejo nesta linda São João”, escreveu, no Facebook, a sanjonense Socorro Pereira, estudante de Direito.

O autor do enredo, poeta Deusemir Lopes, o conhecido “Mamy Lopes”, disse a reportagem do Portal AI5 que sua canção só fala a realidade. “O presidente do bloco, Elias Vieira, chegou a receber R$ 1.000,00 como ajuda de custos para colocarmos na rua. Mas, quando viu o letra do enredo, a secretária de Cultura, Joana Maria, nos chamou pedindo para mudarmos um trecho. Levamos para votação dos demais integrantes e como nossa composição versa sobre a corrupção, ficava sem sentido retirar o trecho da letra. Decidimos manter. Propuseram até aumentar o nosso valor para R$ 3.000,00, e ainda colocar uma banda a nossa disposição, mas os integrantes não aceitaram”, relata “Mamy Lopes”.

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O que diz a música

Toda a confusão só ocorreu devido um pequeno trecho da música que diz: “Nossa cidade é difícil a situação, o gestor sumiu, ninguém sabe, ninguém viu, qual a sua direção, e o nosso carnaval toda vida foi feita pelo povo, Tartaruga na avenida, olha nóis aqui de novo”

Cadê o prefeito?

prefeito

A reportagem do Portal AI5 passou a manhã desta quinta-feira (02/03) tentando falar com o prefeito Gil Carlos para que ele apresentasse sua versão sobre o ocorrido, mas os dois telefones dele se encontravam fora de área. Ele não estava na sede da Prefeitura de São João, nem da APPM

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