CCJ aprova reajuste de 3,95% para policiais; categoria mantém greve

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta terça-feira (24) a proposta de reajuste encaminhado pelo Governo do Estado no valor de 3,95% para policiais civis, militares, bombeiros, agentes penitenciários e procuradores. A votação ocorreu em meio a protesto das categorias que contestam o reajuste.

Os policiais protestam que passaram quatro anos sem receber reajuste, para no final do mandato de Wellington Dias (PT), receber um reajuste de 3,95%. O Sindicato dos Policiais Civis disse que a categoria irá se reunir às 12 horas para decidir pela manutenção da greve.

Os policiais protestam contra a Mensagem 10 que transforma o cargo de escrivão em agente de Polícia. “O governo não discutiu com a categoria. Não aceitamos da forma como vem sendo feito. O governo mostra desrespeito com a categoria”, diz Constantino Júnior, do Sinpolpi.

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“A greve continua. Não aceitamos esse reajuste. A categoria já tinha conversado com o governo quando ocorreu a interferência dos delegados. Não aceitamos. Diante de tudo isso a greve continua”, declarou.

O líder do governo na Casa, deputado Francisco Limma (PT), afirma que pelo fato da proposta ter sido encaminhada à Assembleia depois do prazo proposto pela Justiça Eleitoral, o reajuste teve que ser dado até o limite da inflação. Reajuste maior do que os 3,95%, ou seja, maior que a inflação, seria considerado crime pela Lei Eleitoral, já que só poderia ter sido concedido até o dia 07 de abril.

“Essa proposta foi aprovada pela CGE. Estamos fazendo um reajuste dentro daquilo que é possível”, destacou.

Diante dos protestos das categorias, o deputado Evaldo Gomes lembrou que a proposta é do governo e não da Assembleia. “O Poder Legislativo não pode legislar em matérias que criem gastos para o governo. Temos o papel de apenas apreciar e debater a proposta do Executivo”, destacou.

O deputado Marden Menezes acusou o governo de manobra. “O governo manda uma proposta depois do limite que a Lei determina e oferece um reajuste pífio de 3%. Vemos uma manobra. O governo não queria conceder o reajuste e agora diz que foi prejudicado pela Lei. Se quisesse teria mandato antes”, comentou.

Lídia Brito

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